segunda-feira, março 31, 2008

Aparições caninas

Hoje o post é esotérico, endotérmico e, por que não?, pecilotérmico... Não sei se é freqüente isso com o resto dos internautas, mas vejo mortos na internet. A bem da justiça, vou corrigir o gênero e o plural do substantivo. Eu vejo uma morta na internet. I see dead dog people. Explico: em março de 2006, a querida cachorrinha lá de casa nos deixou depois de sofrer muito com sua coluninha... O recado original está lá em abril daquele ano (veja no histórico). A última foto da Pepita (Pita para os íntimos) foi essa:


Pois bem... e lá se vão dois anos. Acontece que alguns sites já trouxeram fotos mostrando que, se não há vida após a morte, a Pepita deu um Pelé em todo mundo lá de casa e está à solta perambulando pelo mundo! Olha só. A última imagem não é para os fracos do coração e pode ter uma boa explicação para a longevidade dessa nossa irmãzinha:



Agora lá vai a última. Não diga que não avisei.


RÁPIDO! CHAMA O QUEVEDO! CHAMA O QUEVEDO!

terça-feira, março 25, 2008

Direto para o favoritos

Mais dicas!


  • Idiotcomics.com - Dono de um traço clean (algumas vezes nem tanto), Robert Sergel tem um humor levemente non sense e leve (algumas vezes, nem tanto).


  • My Extra Life - piadas nerds sobre games (já foram melhores no passado). Precisa mais?


  • Pencil at Dawn - tirinhas delicadas e de poucas palavras. Só peca mesmo pela falta de atualização.


quinta-feira, março 20, 2008

Fim da infância

Vou postar um link aqui, mas você entre por sua própria conta e risco.

http://www.bobagento.com/2008/03/jaspion-making-off-em-fotos.html

Bom, o pior que pode acontecer é ter sua infância (se é que ela sobrevive nesse seu coração duro) aniquilada. Vou deixar meu comentário em preto. Quem quiser ler, é só marcar o texto com o mouse, ok?

Sim, você entrou e viu. Sim, Fantasia foi tomada pelo Nada e não há nome no mundo capaz de reviver o reino. Não te pareceu estranho? Para mim foi um choque. Por mais estúpido que isso possa parecer, algo ainda dentro de mim ainda via o Gaileon como um gigante de aço. Claro que estou familiarizado com os chroma keys e CGI da vida, mas me pegou de um jeito estranho ver o robô e monstros clássicos do Jaspion do tamanho de atores. Um minuto de silêncio para o Andrezinho.

quarta-feira, março 19, 2008

Herói de infância

Há coisa de dois sábados, topei com uma revista que me fez reviver um herói da infância. Estava passeando em São Sebastião (SP) e, como bom nerd, não pude deixar de fazer minha visita rotineira à melhor (ou única, mas a danada dá um banho em muita banca de jornal paulista) revistaria de lá. Pois bem... fuça daqui, fuça dali e achei a Guitar Player de março. A capa já anunciava: entrevista definitiva com Brian May.

Aí meu lado adolescente deu um salto – sim, mesmo os quase-trintões-leitores-compulsivos-de-HQs-e-colecionadores-de-bonequinhos-que-insistem-em-chamar-de-action-figures têm um lado adolescente. Para quem não conhece, Brian May é o guitarrista do Queen e por muito muito tempo ocupou o topo do meu ranking dos maiores músicos. Para encurtar a história, comprei a revista e lendo a matéria percebi que tranqüilamente ele pode continuar na lista!

Quando se é moleque, nos apegamos a certas personalidades e a idealizamos. Brian May é o único. Ponto. Aí, quando a gente encontra um BB King... quando se escuta de relance um Jimmy Page – insistentemente apresentado pela namorada (brincadeira, minha Pequena) –, se pode pensar que o ídolo não é lá tudo isso, afinal a história da música teve, sim, músicos geniais. Até me lembro de uma discussão que tive com o Daniel ­– Lelé, avisa ele que ainda lembro - rs – em que ele botava o Queen abaixo. E eu me defendi dizendo que paixão não se explica, mas minhas convicções ficaram abaladas.
Enfim, e lá estava a Guitar Player para explicar o que eu antes só tirava de ouvido. Brian May é o cara e vice-versa. Sinceramente, quero ver outro guitarrista criar um riff palindrômico (que soa semelhante tocado de frente para trás ou de trás para frente) como a introdução de Ogre Battle. Que venha o primeiro a criar sua própria guitarra e tocar nela por mais de trinta anos sem que nenhum técnico rele no instrumento sequer para manutenção! Que dê um passo à frente o primeiro dinossauro do rock a conquistar um PhD em Astronomia.Quem se interessar num resumo da matéria, clique aqui.
Agora com licença que vou fazer um permanente!

sexta-feira, março 14, 2008

Pessoas que usam bonés-com-hélice

Ó só: tem texto novo meu no Facada.

É uma resenha do ótimo livro do José Carlos Fernandes.

Só clicar.

quarta-feira, março 12, 2008

Plácido de Campos Júnior, um cineasta



WILLIAN VIEIRADA (FSP - 09/03/08)
Os barquinhos e aviõezinhos de madeira, esculpidos com perícia e paciência, se empilhavam pelos cantos da casa do cineasta Plácido de Campos Júnior [o segundo da direita para esquerda]. Feitos apenas com a mão esquerda, ajudavam-no a passar o tempo. Plácido nasceu em Anápolis (GO) e veio para São Paulo aos 12. "Foi fazer cinema por acaso", diz a viúva, e entrou na primeira turma de cinema da USP. Lembrava sempre das aulas do professor Roberto Santos, com quem mais tarde fez o documentário Vozes do Medo. "Era uma época de experimentações, em São Paulo, de um cinema mais racional. "Tempo em que fez Victor Brecheret, documentário sobre a vida do escultor modernista brasileiro. Mas um acidente de moto, no fim dos anos 1970, fez com que perdesse os movimentos do braço direito. Foi quando começou a fazer os barquinhos de madeira, aproveitando a habilidade para fazer maquetes, conquistada durante a faculdade -ajudava seu irmão arquiteto e ganhava algum dinheiro. Começou a lecionar na FAAP e assumiu a programação cinematográfica do MIS (Museu da Imagem e do Som) -onde conheceu a mulher com quem casaria-, e do Núcleo de Cinema e Vídeo do Centro Cultural São Paulo. Tornou-se curador de filmes, já que não mais os fazia. Plácido não reclamava, já que "raramente um nome se casa tão bem à natureza do sujeito que o leva", como disse um amigo. Casado, tinha duas filhas. Morreu na terça, de câncer pulmonar, aos 63. Fumou, até os últimos dias, "horrores" de Marlboro.

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A missa de sétimo dia acontece hoje, às 19h, na igreja Sto. Ivo (lgo. da Batalha, 189, V. Nova Conceição). Estarei lá.

quarta-feira, março 05, 2008

Encontros e despedidas

Quando escrevo isto, não deveria estar onde estou. Um querido amigo se foi e neste momento seu corpo está sendo cremado. Infelizmente, não pude prestar minha última homenagem.

Encontrei-o por quatro ou cinco vezes nos últimos dois anos. Não mais do que quatro ou cinco vezes.

Isso bastou para ser tocado por sua gentileza. Era alguém diferente dos demais. Não tem muita explicação... Atencioso, delicado, culto, engraçado... uma alma jovem, enfim, no corpo de um senhor experiente.

Não acompanhei muito de sua carreira ou de seu relacionamento familiar, o que torna essa sensação em meu coração ainda mais inquietante. É facil sentirmos a passagem daqueles queridos com quem convivemos o dia-a-dia.

Entretao, pouco neste mundo tiveram o dom de cativar pessoas e marcar vidas com esparsos quatro ou cinco encontros.

Fiz minha prece. Fiz minhas vibrações.

Que fique a lição deste homem que mostrou o quanto ainda temos a evoluir.

"E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem

(...)

A hora do encontro
É também despedida"

(F. Brant e M. Nascimento)
Vá com Deus, Plácido!