sexta-feira, janeiro 27, 2006

Razão e Sensibilidade

30 - Para despedidas amorosas

Separação tem que ser triste e a rodoviária Tietê é o cenário perfeito. O ritual do adeus é longo: você pode pegar o metrô com a pessoa amada, carregar suas malas, esperar na plataforma e dar tchauzinho pela janela; com sorte, ele/ela se senta do lado direito, prolongando o adeus até que o ônibus fala a curva e deixe de vez o terminal. Melhor que em "Casablanca"(tem até aquela névoa da cena final, a diferença é que aqui cheira a diesel.

publicado na reportagem: Acredite, é São Paulo - 30 sugestões pouco convencionais para mostrar que a cidade tem lugar para tudo (mesmo). Revista da Folha 21/01/06. FSP.

Só entende quem já viveu.
Só entende quem vai viver.
Esse post é pra Pitucha e pra Pilustrica!
(nunca vou decorar quem é quem - rs)

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Adivinha quem sou eu?

11:07 AM  
Anonymous Anônimo said...

E eu?

11:12 AM  
Anonymous Anônimo said...

É nessas horas que a distância dói mais, quando ainda não está muito distante...

2:27 PM  
Anonymous Anônimo said...

Para mim, a distância dói.
Uma única despedida dói bastante.
Porém despedir-se de forma freqüente, a cada semana, dói ainda mais quando se deixa em São Paulo quem se ama...
Família, amor, conforto, carinho, tudo fica para trás.
O objetivo, talvez o mesmo de um retirante, é o trabalho.
Nada justificaria se não fosse dinheiro e sucesso.
Esse não é o objetivo da vida, é?
Meu cenário não é a rodoviária do Tietê.
Mas a tristeza é a mesma.

Ótimo post para eu começar minha segunda-feira... :_(

8:06 AM  
Anonymous Anônimo said...

E vale a velha e discutida idéia de que para quem fica é pior... Pois em um momento tinha-se tudo e num segundo depois não se tem mais nada... Assim como tirar doce de criança... e o vazio, a saudades e a esperança voltam a habitar o corpo do ser deixado...

12:50 PM  

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